quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Quando é Amor...




Quando um sentimento beira às raias da loucura a ponto de perder o discernimento, isto significa que estamos apaixonados.

A paixão é assim...
tudo fica desproporcional e o mundo agita-se convulsivamente, movido pela fascinação e desespero do momento. Fica-se enlouquecido de tanto querer!

Mas a paixão, tal qual um furacão, é passageira.
Nenhuma paixão dura uma vida inteira.
E quando uma paixão é verdadeira, sou seja, nascida com base em sentimento profundo e não ilusório, acaba por se abrandar e passa pela transformação da serenidade, equilíbrio, docilidade.

Quando a paixão chega nesse ponto, tornando-se estável sem abrir mão das emoções profundas, significa que tornou-se amor.

O amor é assim...
calmo, sereno, desprendido, consciente, constante, não importando quantos temporais se atravessem.

Mas isso não impede que o amor tenha os seus momentos vibrantes, qual um sol que, embora com sua energia centrada, expele línguas de fogo, por determinados momentos, a que os cientistas chamam de atividade solar.
O amor irradia luz, alegria, nos impulsiona a seguir firmes e fortes, sempre em frente, mas também não nos tira a liberdade de sermos quem somos.
O amor não nos tira a individualidade, não nos escraviza, apenas ama e segue feliz em nos ver felizes.

O que nos incomoda no amor, é a necessidade de unir os corpos, de se tocar, o que é natural, embora não seja prioridade.
Pode-se estar mais juntos à distância, do que dois corpos são capazes de se fundir.

O amor é fruto nascido da árvore da alma.
A paixão é fruto nascido da árvore do corpo.
O amor é puro sentimento.
A paixão são hormônios e adrenalina em ebulição.
O corpo acaba, assim como a paixão.
O amor se eterniza, assim como a alma é imortal.

Mas é delicioso o toque de quem se ama. Não dá para negar.
Mas no caso, são os corpos completando as almas, que já entrelaçadas não precisam de mais nada, apenas se deleitam numa condição "apaixonada".

E é assim que penso ser o amor e a paixão.
É preciso o contato físico, mas sei que mesmo sem esse contato, o sentimento de amor se fortalece, não morre, se nem sempre pode-se usufruir do contato físico.


Teresa Augusto Shanor
15/09/2010 - 09:00h




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